O governador Wilson Witzel pensa que é o "Rambo do Rio de Janeiro". Sua política de segurança pública, baseada no confronto com traficantes em favelas e em execuções a sangue frio, vem retirando o protagonismo de Jair Bolsonaro na área. O presidente já tem o ex-juiz como adversário político, e o PSL saiu da base de Witzel na ALERJ. Todos estão pensando em 2022.
Enquanto isso, a polícia do empregado do pastor Everaldo mata a rodo nos bairros mais pobres sem a menor preocupação se atinge também inocentes. O sionista que ocupa o Palácio Guanabara deu carta branca para os PMs. Para além dos problemas éticos dessa política, velha reedição da criminalização da pobreza e da relativização da vida das classes populares, se coloca o problema da eficiência dessas medidas.
Witzel está de fato atacando o crime organizado? Que favela foi libertada do tráfico por sua política de confronto a qualquer custo? O consumo de drogas, o contrabando de armas e a exportação de narcóticos diminuiu no Rio de Janeiro? "Rambo" pode ser algo muito diferente do que deseja aparentar.
Há sinais de que sua política se volta contra determinadas facções de traficantes, abrindo caminho para o domínio de outras organizações do crime em áreas do estado do Rio de Janeiro. Nada aponta para o arrefecimento do crime organizado em terras fluminenses, pelo contrário.
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